sábado, 23 de abril de 2011

haicai

leito do rio
a canoa segue seu destino
até o mar...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

aldravia,nua

noite
sem
lua
você
quase
nua

quinta-feira, 21 de abril de 2011

haicai

dunas de areia
o vento molda novas esculturas
figuras surreais

quarta-feira, 20 de abril de 2011

aldravia

entre
nós
a
solidão
estamos
sós?

haicai

o gato no muro
os morcegos fazem voo rasante
seres noturnos

maria

tua
pele
envolta
pela
luminosidade
do
sol
teu
corpo
nu
banhado
de
luz

terça-feira, 19 de abril de 2011

estação outono

estação outono
folhas secas cobrem o chão
próxima parada, inverno

sábado, 16 de abril de 2011

sul

céu sempre
azul
onde está
a nuvem
que veio
do sul?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

retrato de um velho outono

não sei
se um
deus
nos olha
com tristeza
ou compaixão...
(os anjos
sabem)
sei de
um outono velho
de folhas
mortas
caídas
no chão

domingo, 10 de abril de 2011

Realengo

Dedico essa singela Aldrava.
À todas as crianças vítimas da barbárie na Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo no Rio de Janeiro- Brasil, aos seus familiares e aos amigos que ficaram para continuar a longa e árdua caminhada pela vida, com amor e fraternidade. Meu sentimento de pesar. Que a luz maior conforte seus corações.


ontem/
à/
tarde/
sentimento/
maior/
saudade/

sexta-feira, 8 de abril de 2011

amor,esperanto

não
me
atrevo
a tanto
dizer
eu te amo
em
esperanto

poemeto

leve
noite
sem
peso
lua
minguante

sábado, 2 de abril de 2011

barco de papel

meu barco de papel
navega nas águas turvas
e agitadas da enxurrada
dentro dele não há nada

seu destino segue incerto
o ancoradouro pode ser
o bueiro da esquina
certamente cairá no esquecimento

meu barco de papel
navega até a próxima rua
não descobrirá nem um continente

vai naufragar assim que chegar
ao último porto da cidade
provavelmente na próxima avenida